segunda-feira, 12 de maio de 2014

Perdidos & Achados

Enquanto estou a preparar um documento para o trabalho, dei por mim a vasculhar pastas antigas no computador. Descobri uma conversa que por algum motivo gravei há uns bons 8 ou 9 anos. Conversa de MSN, com uma gaja que não vejo ao tempo. E, lá para o meio, diz ela que gosta de muita coisa em mim. Eu peço exemplos. E ela diz-me isto:

Da tua cabeça. Da tua cultura. Da tua forma de pensar, mesmo que seja diferente da minha. Da tua maneira de estar e de olhar para as coisas. Gosto que sejas distante, que não te mostres. E, gaita, gosto mesmo do teu sorriso. E gosto das tuas ideias, mesmo as que tens do século passado. Tu és daquelas pessoas que quando fala eu me calo. Porque sim, porque acho que dizes sempre algo que deve mesmo ser escutado. Dás-me música e eu gosto. Tu tens as tuas ideias e vives de acordo com elas. Ou tentas. És observador e percebes as pessoas sem esforço. Mesmo que não vivas em harmonia contigo - e eu acho que não vives - transpareces isso. Revoltas-te. Gritas, vives, lutas. Sei lá, porra, tens tudo.

Assim. E, surpreendam-se, nunca nos comemos. Nunca pensei que uma lésbica fosse capaz de admirar tanto um homem.

2 comentários:

  1. Bolas, com essa descrição uma pessoa até fica curiosa! Mas Dorian Gray...Dorian? Não havia nada melhor?

    Sandra

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