sábado, 24 de maio de 2014

Paneleirices

O Expresso saiu ontem. Por causa das eleições no domingo, o Expresso saiu na sexta-feira. Isto estraga o sábado a um homem. Aquela sensação de liberdade de sair, sem compromisso, para comprar aquele saquinho de plástico muito feio, voltar a casa, pôr uma gaja sexy qualquer a tocar, tirar tudo do saquinho de plástico, deitar fora o que não interessa, ir directo ao Miguel Sousa Tavares, ao Henrique Raposo, ao Martim Avillez Figueiredo, ao Pedro Mexia e só depois ler o resto. Devagar. Essa sensação foi arruinada pelas eleições livres - esse procedimento administrativo, carregado de burocracias, polícias, segurança, juntas de freguesia, comissões nacionais e o raio que os parta, mas que deve ser preservado. Resta-me, para tentar manter os hábitos relativamente intactos, ir a casa da minha irmã. Senhora dos seus quase quarenta, mais que grávida de uma menina que nascerá no mês que vem. E ler lá o Expresso a meias com ela. E pôr uma gaja sexy qualquer a tocar na aparelhagem.

Um sábado feliz a todos. Isto é, aos quatro ou cinco gajos que até agora vêm cá ler isto.

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